Foi de uma feita que eu disse a minha amada Se me amasse que me desse o seu retrato Ela me disse: - para que se te amo tanto? E hoje a morte é que nos pode separar
Nos abraçamos e ao chegar lá na capela Naquele instante se escutaram três balaços Seus familiares a mataram em meus braços Porque juraram não deixar nós dois casar
Como um raio eu saquei do meu revólver E matei quatro e um amigo da família Só no outro dia que a polícia bem armada Com muita bala me puderam desarmar
Ao delegado eu prestei declaração A profissão e meu nome verdadeiro Eu disse a ele: - eu me chamo João Guerreiro E do meu rancho sou eu mesmo meu patrão
Não sou de briga e para isso eu dou um boi Mas se eu entrar, pra não sair dou uma boiada Por que é que foram matar a minha amada? Eu inocente vim parar nesta prisão
Ao delegado eu contei toda a proeza Na minha história com bastante galhardia Ele me disse, vendo a minha valentia Que eu estava solto por legítima defesa