Corruptível mundo, ó mundo O homem está doente Incorruptível mundo dos céus O povo anda descrente
É inevitável correr em círculos Diante de tanta hipocrisia Tanta roupa suja pra pouca água Muito inferno para mente vazia
Haja fôlego, haja fé e jogo de cintura A prova dos nove todos sabem de cor Quem não correu, nada contra a maré Pra não se afogar, estão se valendo de tudo
Corruptível mundo, ó mundo O homem está doente Incorruptível mundo dos céus O povo anda descrente
Catador de lixo mendigando sua sina Do seu trabalho honesto, seu sustento De sorte leva a vida todo dia Não vê a vida passar sorrindo Não vê a vida passar sorrindo
Mas, meu irmão, a vadia quer partido A vida ficou fútil sem valores Quanto mais podre, mais espaço na Tv Todo mundo está pagando pra ver Todo mundo está pagando pra ver
Corruptível mundo, ó mundo O homem está doente Incorruptível mundo dos céus O povo anda descrente
Há tempos isso tudo acontece Quanto mais se reza, mais assombração aparece Nesse círculo vicioso, sustentamos essa mesquinharia diante dos outros E sublimamos toda essa insensatez Nessas castas e máscaras minhas e de vocês Quanto tempo te resta, quanto tempo pra tudo parar Pro dia nascer, o dia gritar Soberbos sobre nós uma redoma de vidro Incrédulos como nós apenas cacos de vidro Poder que nos pondera apenas ao fracasso Poder que nos separa ao imenso descaso Fracasso ocioso nesse leito de gozo Onde a faca faz o crime e a vítima aceita Muita água, muita gente, muita vida se perde No caminho da verdade onde o resto só fede Encontra uma saída pra chegar ao final Onde o resto vira o mundo e o mundo vira caos Pra onde vamos, já tenho o meu juízo Não sei vocês, bem dentro de ti pulsa o mal e o bem A escolha é sua, faça valer o equilíbrio Sei, é imperfeito em mim Mas ele lhe dá forças de ver a verdade Haja fogo, haja fé Enquanto eu espero, fico forte e me quebro no embraço Chega a velha noite e desfaço o trato
Corruptível mundo, ó mundo O homem está doente Incorruptível mundo dos céus O povo anda descrente