Fundamentado em palavras, versos e conceito Mantendo um pé atrás Largo o outro no meio dos peitos Das incertezas que rondam minha mente Depois do sol se deitar E o pensamento aprisiona o pesadelo do sonhar
Parto pra outro lugar O retorno do princípio Vivendo ao invés de sonhar Sonhando ao invés de viver Perceber o que é real já não consigo
É quase um vício, é quase um vício meu Que me consome, transforma meu foco Sufoco e retoco os limites de mim Reservo um caminho bonito
Mas não sei se feliz pode definir meu fim Então eu sigo, respiro fundo Com a responsa do bom camarada Que em sua jornada quer levar o mundo
E quem sou eu?
Se não aquilo que faço, mensagem que passo Caminho que traço Me enlaço no abraço da vida Eu persigo a bula que comanda a batida
Esse é meu vício Tudo o que me faz Meus erros e meus vícios Acertos e artifícios São atalhos na minha busca eterna pela paz E é mais que isso É meu compromisso de correr atrás
E buscar um futuro em que possa dizer, enfim Tudo aquilo que penso, repenso Dispenso o bom senso De ser apenas uma gota no oceano imenso
O chamamos terra, que enterra e desterra Vitimasse guerra, sei que o homem erra Mas via de regra Cansei de desempenhar O papel daquele que se ferra
Eu quero o controle Por não mais do que alguns minutos Pra que a mensagem de poucos Enfim possa alcançar muitos
Escuto passos, ouço sussurros Quebraram os cacos sobre os muros Tiro no escuro Acerta a agulha nesse palheiro de merda Em que procuro Sobreviver, sobrevier, como vier O que for ser, o que tiver
Seja o ofício Seja meu vício, meu precipício, como quiser Se já não quer Tranque essa porta e fecha a cortina Desliga a luz, nem raciocina
O que te seduz se torna assassina Sentença de morte Que pra tua má sorte te deixa sem norte E você mesmo assina Essa é tua sina Torna difícil, abala estrutura Explosão de um míssil É como um vício É quase um vício, esse é meu vicio