Banqueiro! Ela pensa que sou um banqueiro, Que estou nadando em dinheiro Acha que sou dono do mundo, Que meu bolso é saco sem fundos Não tem pena, não tem dó desse vaqueiro. Sou peão de boiadeiro, vou pra lida, faço mote, Corro atrás de boi, garrote, O meu laço é apertado... Na caatinga ou a nado, Do garrote não me escapa: Pode espernear, minha presa minha amada! Mas nessa, estou do outro lado, Sou a presa, fui garroteado, Sem dó nem piedade, estou enfeitiçado. Ela linda, loira e linda! Gosta de andar no salto, Cabelos ao vento, traços finos, elegante, Mas seu jeito arrogante, me deixou arrebatado... Já diria a peonada, conhecendo a marvada: O diabo veste saias! Que diaba, tão malvada! Me boleia, me dá a volta, Se vacilo e não disfarço, Me perco no rodeio desse bicho tão matreiro, Que num instante me bandeia... Vacilei, estou no laço, Braços e pernas amarrados: 8 segundos de bobeira! Dominado, enfeitiçado... Banqueiro... Ela só pensa em dinheiro! Mas no fundo não me faço de rogado, Deixo ela pensar que está Tudo dominado!