Matielli Drunk
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Esse É O Começo, Ta Longe De Ser O Fim

Matielli Drunk


Caminhando sobre pedras, chutei todas que deu
Tive muitas decepções, muito sonho que morreu
Amigo que se vendeu, inimigo que se mordeu
Quando eu alcancei o que eu queria, eu vi que ele sofreu
Solidão, insensatez, minha maluques
Reviravolta total, minha vida mudou em questão de um mês
Aqui se paga o que se fez
E pra pagar na vida, eu sei que não é com minha lucidez

Já sorri, mas também já chorei
Ontem eu não sabia, mas hoje eu já até sei
Conversei desconversei, oportunidades agarrei
Outras simplesmente vi passar e eu deixei pra lá
Com o gosto da amargura que queima mais que cachaça
Mais que minha inteligência e minha brasa
Solenemente solene, meu rap sempre vem potente
Porque minhas experiências de vida
passo de forma diferente

Bastante descontraído, atraído pela vida
Traído pela ingenuidade de amizades corrompidas
Eu quero paz mas não fujo de uma briga
A questão é que meu peito vive de emoções fortes
que o abriga
Eu sou a voz da rua, sou a voz dos largados
Sou a voz do coração, do amante e do desgarrado
Totalmente insensato, cê vê pelos meus atos
Eu sou enigma, que muita gente pensa desvenda-lo

Amargurei, adocei, eu parei, depois voltei
Eu vi a vida de um ângulo sem lei e adoeci, me estagnei
Repuldio sentimentos bons e sentimentos ruins
Eu sei que esse é o começo, tá longe de ser o fim

Continuo por aqui, como se fosse reticências
Disseram que eu não sou o mesmo, perdi a essência
Encontrei carência em alguns versos e os reescrevi
Entenda esse poema como o novo livro de Davi
Distraio minha cabeça entre goles pra aliviar o stress
Mas vi que o que acontece é uma incógnita
que me aborrece
Pego a borracha, mas ela não apaga as linhas
É só um item que ficou guardado na mochila

Entre arrependimentos e arrependidos
distancia e distanciado
Tô bastante diferente do meu passado
Olhares arregalados das pessoas em minha volta
Porque viram que eu cumpri o que prometi e não omiti
Vivi o que a vida me proporcionou a viver
E lutei pra poder viver o que estava fora do meu alcance
e você?
O que dizer, criticou tanto minha forma de levar a vida
E hoje, se cala, em murmuros é excluída

Assim como são as criaturas são os criadores
E no monopólio vejo hipócritas e falsos pastores no controle
Os amigos que eu tenho, da pra contar no dedos
E essa aqui eu faço, como se fosse o meu enredo
Pra não só eu ouvir, mas pra você ouvir e entender
Que nem tudo é fácil o quanto parece ser
Vivenciando calúnias e caluniados, vícios e viciados
E quando eu ando pra baixo, meio sumido
Quando volto, volto pesado

Amargurei, adocei, eu parei, depois voltei
Eu vi a vida de um ângulo sem lei e adoeci, me estagnei
Repuldio sentimentos bons e sentimentos ruins
Eu sei que esse é o começo, tá longe de ser o fim

Composição: Júnior Matielli

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