para não repassarem jamais,

e o céu prometer de tudo

mas continuar escondido atrás de seu azul.

E também as mulheres passam,

algumas até mesmo por aqui.

Alguma se perdeu por um minuto,

alguma partiu, mas não se vai.

Nada de medo, nada de medo, nada de medo,

a vida resolve, disseram-me assim.

Nada de medo, nada de medo, nada de medo,

vê-se a lua próxima daqui...

Além do fato de que ainda vomito

por aquilo que insisto em dizer,

não sei se os fardos são piores

ou se são os rostos que os fazem assim.

Além do fato de que os sonhos passam se alguém os fazem passar,

alguns sempre têm dito que tinham de tê-los terminado.

Nada de medo, nada de medo, nada de medo,

a vida resolve, disseram-me assim.

Nada de medo, nada de medo, nada de medo,

vê-se a lua próxima daqui...

Sopra sempre um vento que não muda nada,

enquanto muda tudo o que parece ar de tempestade.

Sinto às vezes que o vento talvez não mude nada,

mas decerto muda tudo o que parece ar fresco.

Além do fato de que os tempos apertam e você queria alargá-los

e ao mesmo tempo se alarga a neblina

que te daria condições de viver no mar.

E até as estrelas caem

algumas, seja fora ou dentro

por um desejo que exprime

que ficarei fora de ti outros cem anos.

Nada de medo, nada de medo, nada de medo,

a vida resolve, disseram-me assim.

Nada de medo, nada de medo, nada de medo,

vê-se a lua próxima daqui...

Nada de medo, nada de medo...