Lourenço & Lourival

Selo de Sangue

Lourenço & Lourival

Dama Da Noite


Lá dos campos de batalha
O pracinha escrevia
Pra sua noiva contando
A saudade que sentia
Como era examinada
Todas a carta que saía
Mandava boas notícia
E a verdade não dizia

Um dia chegou uma carta
Estava escrito, Lourdinha
Eu estou bem de saúde
E quando ler estas linha
Por não ter outro presente
Junto com esta cartinha
Tire o selo desta carta
E guarde por lembrança minha

Tirou o selo e por baixo
Com sangue viu assinado
Estou sem as duas perna
Num hospital internado
Lourdinha foi na capela
Rezar pro seu bem amado
Pra que Deus mandasse ele
Mesmo que fosse aleijado

E quando a segunda carta
Que a Lourdinha recebeu
Tirou o selo e depressa
Com espanto percebeu
Embaixo não tinha nada
Rasgou o envelope e leu
Que num hospital de guerra
O seu amado morreu

Lourdinha ficou doente
Pouco tempo mais durou
Dois selos tão pequeninos
Destruiu tão grande amor
O primeiro trouxe o sangue
Com quem seu noivo assinou
O derradeiro envelope
Foi a morte que selou

Composição: José Fortuna

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