Talvez não seja o vinho

Talvez não seja sobremesa

Talvez não seja

Não seja nada

Mas há tanta beleza

Deitada sobre a mesa

nua toda transbordando

Depressa o copo

vai perdendo o passo

E na mesa não há mais nada

Bêbada está a porta

fechou e ficou aberta

E eu posso ouvir a sua chamada

Oh! tão Sozinho?

Oh! tão Sozinho?

Servido é sua boca

tão doce é sua boca

Tão doce com um blues amargo

Um copo roda no chão

Lento cai no chão

Lento e morre em mil pedaços

Eu não quero deixar que vejam

Seus olhos te vejam

tão, tão, tão tristes,

haverá sido o destino

Essa taça de vinho

Você disse:

Oh! tão Só

Oh! tão Só

Pular corda, se enrola

E cai de boca (3x)

Oh! tão Só

Oh! tão Só

Colaboração: Renato Fernandes Elguy Jean Villamil

mamarrachojean@hotmail.com