Lorp
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Discórdia

Lorp


Como pode o vento dizer
A direção que tenho que seguir
Como pode tudo se acabar

Como pode o dia me trazer
Aflições que não deveriam ocorrer
Como pode minha vida desabar

Como pode a escuridão aparecer
Fazendo o sol nascente padecer
Como podem as sombras dominarem

Como pode o presídio se formar
E aprisionar a quem nos odiar
Como pode sentir a dor e se calar

Como a noite nos faz abandonar
A lucidez e se consuma a desesperar
Como pode o medo matar
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Refrão

Nenhuma trégua dada
Às pessoas que recusam ser atormentadas
Nenhum temor perdoado
Se nenhum fervor for usado

Nenhuma fé alcançada
Se nenhuma criatura é canonizada
Nenhuma misericórdia
A quem cultiva a discórdia
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Olho para o céu antes de morrer
Vejo nuvens acabando com meu prazer
De ver o céu limpo uma última vez

E quando o dia clarear
Talvez nem estarei aqui para contar
A história que sofri para passar
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Gutural

Liberto minha cura
Para todos meus fantasmas
Liberto a salvação
Com a dedicação como arma
Se eu desistir de lutar
Saberei que estou com artérias secas
Então liberto meu coração
Para acabar com a discórdia cultivada
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Composição: Luiz Fernandes

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