Lombra Nervosa
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Tem Que Rir

Lombra Nervosa


“Falar de mim é fácil, difícil é ser eu/
Cuida de você, deixa eu fazer o meu/
As pedras no caminho que tiver, eu vou chutar/
Mas meu pé já tá doendo vou parar pá descansar/”

Rápa, to ficando bolado/
Com a batida toda errada, e o microfone com chiado/
Escrevo as letra, mas na hora de gravar/
Equipamento precário, num quer colaborar/
E tem nego que vem, fala muito, saca só/
Cão que ladra não morde, quero ver fazer melhor/
Quero ver improviso, eu improviso então/
Ta lendo o aviso na minha cara: Cuidado Irmão/
Não uso a mão, só uso o argumento/
Vai comer feijão com arroz, que tu tá muito lento/
Estala minha fala, na sala, dá pala, se cala, te fito, te afeto/
No clima, com a rima, te lima, pra cima, te bico direto pó teto/
Em frente, rente, dentro, oponente te enfrento/
Aqui no campo de batalha a minha arma é o pensamento/
Talento, num sei, nem sei se tenho o dom/
Só sou um muleque aqui, fazendo um som/
Composto por batidas se acoplando a rimática/
Mas to tomando esporo porque o dever de gramática/
Eu esqueci, num deu pá fazer/
Eu sou o MC que num faz o dever/
Prófase, Osmose, DNA, Autofagia/
Eu tenho que estudar se não reprovo em Biologia/
Me dizem que é importante, que eu tenho que aprender/
Eu sei que isso acontece, mas não quero entender porque/
Pois nessa área meu assunto preferido é outro/
Espermatozóide acha o Óvulo e forma o Zigoto/
E eu apareci, em um-nove-nove-zero/
Muda a ordem dos fatores, mas resultado eu não altero/
To cansando irmão, já to ficando puto/
Pagação de sapo é o que eu mais escuto/
É como diz o D2, ouve aí professor/
Quem nasceu pra fazer Rap, num quer ser doutor/

“Refrão”

Rápa eu to andando sem pensar em nada/
As tia olha pra mim até muda de calçada/
Nem fico nervoso, e vou seguindo enfim/
Se um dia eu for famoso a filha dela olha pra mim(Zig!)/
Assim, abro o livro e estudo mais/
O que será de mim se eu não passar no PAS?/
Vou pra fila enorme pra virar gari?/
Mas num tenho diploma, então num dá pra ir/
Ou então fazer um bico no senado, CPI/
Mas num tem nepotismo pra me garantir/
Continuo andando, tropeço, mas levanto/
Me benzo, e pra espantar os males eu canto/
Meu celular caiu do bolso e um carro atropelou/
Mas vaso ruim num quebra o pneu que furou/
Eu saí correndo e em casa to seguro/
De tanto chutar pedra no meu tênis tem um furo/
Juro, que o meu cabelo elas num curte/
Porque num dá recado no Orkut/
Eu olho pras paty, mas só fico no gelo/
Desisto cumpadi vou cortar esse cabelo/
Tê-lo ou não tê-lo, ser ou não ser/
Falar é fácil, quero ver você fazer/
Eu faço sem dinheiro, eu faço sem DJ/
Então qual é parceiro, aperta logo o play/
Jay-Zigoto, agora na fita/
O Fifty mente e você acredita/
Copiar gringo é fácil, mas passamo dessa fase/
Eu quero você fazer sua rima e sua base/
Meu estilo se inspira, mas não copia ninguém/
É rap do Cerrado rápa, lá vem/
Vem!Deixa vir, deixa tocar/
Tá com um chiadinho, mas deixa pra lá/
Curte a parada que é feita com o coração/
Falta estrutura, mas nunca falta disposição/
E tamo aí!Agora é fato!/
Aprendi que quem não tem cão, caça com rato/
Vivendo feliz, nesse mundo deprimente/
Porque o lema tu já sabe: “é sempre reto e rente”/
O mic quebrou, agora fudeu/
Falar de mim é fácil difícil é ser eu/

“Refrão”

-Yuriii!Desliga esse computador e vai estudar!
-Ah mãe...
-Um, dois, três!

Composição: Lombra Nervosa Crew

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