Eu conto os dias que lutei pra ter você,
e eu discordo, e tento te esquecer.
Você mudou, levou o que há de bom em mim.
E eu choro por hoje ser assim.

E não vai (E não vai) se encontrar
no reflexo que você imaginou. (E a solidão?)
A solidão vai acabar
por tudo aquilo que você me fez passar.

Eu vou viver sem você
Quando eu acordar meu pesadelo vai acabar!

Ou não? …

E nada vai mudar, reconstruir ou apagar
está preso em mim, está preso em mim.
preciso encontrar o que está perdido em mim,
eu não pretendo ser pra sempre assim, não!

“Vês? Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera
Pois Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
E a mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém ainda causa pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!”

Eu vou viver sem você
Quando eu acordar meu pesadelo

Eu vou viver (Perdido na escuridão)
Sem você (Procurando a chave da prisão)
Quando eu acordar meu pesadelo vai acabar!