Prego véio enferrujado
Que até hoje tá pregado
No esteio do garpão
Já pregou felicidade
Hoje é grande saudade
Pregou no meu coração

Recebendo seus carinho
Construí nosso ranchinho
Bem distante do arraiá
Pra pendurá seu vestido
Fiz um prego de cabido
No esteio do araçá

Depois a fotografia
Num sorriso de alegria
Que eu mandei ampliá
Pendurei naquele prego
Sem vê que o destino é cego
E já vinha te buscá

A cruel fatalidade
Levou a felicidade
Aquela que eu tanto amei
Agora sem esperança
O nosso par de aliança
Lá no prego eu pendurei

Nada agora me consola
A não sê minha viola
Que lá no prego eu penduro
Sem a sua companhia
Eu perdi minha alegria
O mundo pra mim é escuro

Prego véio enferrujado
Véio amigo do passado
Da eterna recordação
Eu ficarei conformado
Quando ocê tivé pregado
Nas tábua do meu caixão

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)