Não, eu não quero ouvir mais não
Essas palavras vomitadas não têm mais razão
E o meu tempo limite está esgotado
Suas atrocidades não me assustam mais
E eu quero ver o macho que vai vir
Que vai botar o dedo na minha cara e dizer
Que isso tudo é errado, que eu sou um fracasso
Que eu não passo de um anormal sem moral

Noites e noites tão preso aqui
Dizem que há tempos isso é normal
Passos sem ver o que eu penso lutar

Pisa, cospe, esculacha
Ouvindo o vagabundo feito de borracha
Tu realmente pensa que eu ligo pra você?
Falando tanta merda que não dá pra querer
Você não vê que tá perdido
Tudo e todos se afastam de você
Mas a porra do egocêntrico não tá nem aí
E só pensa do saber do saber
Palmas, palmas todas para o rei
E fazendo um segundo durar muito mais
Irrelevante e irritante mas tranquilo se esquenta
Tirando do sério com o seu falar maquiavélico
Então aguenta o peso da resposta
E depois me fala se, se pá, é o que tu gosta
Entenda bem!
Não é por mal não, mas a paciência já se foi com o som

Não, eu não quero ouvir mais não
Essas palavras vomitadas não têm mais razão
E o meu tempo limite está esgotado
Suas atrocidades não me assustam mais
A cada dia que passa dói mais ainda
Aquela raiva soberana da injustiça
De isso é ridículo, você vai perder
E ter que engolir toda essa merda até vencer

Noites e noites tão preso aqui
Dizem que há tempos isso é normal
Passos sem ver o que eu penso lutar

Dando duro pra ir pra frente
Negativo ranger dos dentes
Pensativo, apavorado
Se o certo é sempre errado
Nada disso se controla
Quando o mundo só pede nóia
Sobrevivo a pressão desse mundo tão contra-mão
Eu sigo em frente
Pode dar porrada
Que já tô cascudo e me seguro na moral
Não é um otário que vai me ganhar
Nem o submundo que me fez pensar
Milhares de palavras já levei como lição
Mas as suas só me deixam sem ação

Noites e noites trancado aqui
Pago o meu preço por não ser igual
Cada instante que eu tive aqui
Não faz sentido sem a luz do sol

Noites e noites trancado aqui
Pago o meu preço por não ser igual
Cada instante que eu vivo aqui
Eu me pergunto se eu sou normal
Quando já não puder mais

Olhe ao seu redor, eles querem te derrubar
Então, faça o melhor
Vá encontrar, a paz