Uma mentira reformada assemelha a convicção que em cada frase manchada, se rega a evolução, E os olhares (não são) miram os corpos (e dançam) Só que dessa melodia, meu pranto não fez canção E não vão, fazer da minha garganta uma espada a mais Fazer dos dedos, como punhos, julgando falhas banais Se tanto faz, o retrovisor quem te deixou pra trás E é o tic e o tac, o alto mar e o cais
E nas faixas desenhadas da cidade tem o que a vida na novela não retratará tão bem Um otário num carro, um inocente jogado Na prisão? Foi flagrado? Um milhão. Liberado. O cusão, fez bastardo o pivete do bairro e no que foi divulgado inverteram os lados "Um pedestre drogado se jogou no Camaro O condutor abalado, hospitalizado"
Vai e me diz quem é o errado, então Bate no peito propagando a liberdade de expressão Se o doutorado pra ladrão, tá na campanha de eleição Mas a segurança da nação, foi quem censurou Facção. E pra quem semeia minha dor, eu vi Distorcer a sua índole, implorar voto pra mim E enfim, é o fim, sempre foi, deixa vir Que quem tá contra mim nunca viu guerra assim!
"E não te dou meio minuto, pra você ver vagabundo decretar a sua queda."
E a garota que mata a família inteira pra ser a herdeira Tá pouco se fudendo pra prisão, quando sua intenção julga ser verdadeira, Ia ser mais lucrativo se toda essa discussão Fosse pra planejar vitória, e não em propagar a segregação E o Sol da liberdade, pra quem vive em seus raios fúlgidos É bem mais confortável do que perecer, jogado, no chão de um hospital público O povo se digladia, enquanto a dor ronda lacônica Discutem quem são traidores, mas não a fidelidade da urna eletrônica.
"E não te dou meio minuto, pra você ver vagabundo contemplar a sua queda."
Eles aumentam o próprio salário e seguimos a esmo nosso destino Somos nós que alimentamos os porcos, regando a miséria do salário mínimo Imagina que foda irmão, se empregassemos bem o fluxo de informação e toda comunicação, em vez de alienação fosse em prol da revolução? No vácuo das frases perdidas, são vidas sofridas, lagrima engasgada... De um povo que nasce em declínio, e morre pelo caminho triste e frio da estrada E quando os cotovelos conversam, tramando intrigas em almas cansadas Governam histórias inteiras, mas meias verdades são mentiras mal contadas...