Quando viro para ver como cheguei nesta barreira ventosa

Percebo os rastros deixados por quem veio antes de mim

Apesar de que devo usá-los para alcançar

A curva do caminho, eles estão aqui, rindo contra mim

Memórias que ainda não tive

Como espinhos que não machucam

Ressoam como um sino tilintante

Em meus tornozelos

A canção interminável

O imenso céu

Que sempre esteve em meu coração

Esconde a luz das nuvens

E canta melancolicamente

A voz recolhida da lua

As asas prateados dos pássaros que cantam à noite

O perdi de vista ontem

Na floresta feita em cinzas

Procurando por algo que eu queria seguir

Docemente buscando a tristeza

Este coração meu

Sempre voltará a cair na dor

As florestas de uma tocha

Uma arco fraco no mar da noite

Brilha como a luz do futuro

Sobre as pessoas que não seguem aqui

A canção interminável

Termina somente quando volta a começar

A canção de despedida

É solitária e dolorosa

Logo você cantará

Com sua doce voz