Kaic Bo Alkmin
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Passeando Como Camelo

Kaic Bo Alkmin


Eles carregam uma bagagem que não é deles
Até o fim da linha, sem olhos, sem ouvidos
Sem histórias proibidas
Nossos filhos viveram o passado?
E seremos assim sempre velhos?
Então porque nascemos novos?
Todos puros e pelados?
A destruição é suas, e não é nossa culpa
O buraco é seus, e o momento é nosso

Um dia
Ainda no ventre da vida
Antes mesmo do olho nascer
Para sua antiga critica divina

O sol ja me esperava
Antes mesmo dos rios
E se eu não estivesse nascido
Mal teria o sol vivido

A luz que encanta meu dia
Segue na mesma sinfonia
Das árvores, das plantas e de tudo que é cria

Sendo assim
Eu não vou ficar por aí
Passeando como camelo
Sem direito a uma história
Entre o medo e o desespero

Sorria
Vejo neste céu que a beleza é diferente
Sorria
Se o coração bate, este é o seu presente
Sorria, o sol e a luz são os reis da manhã
Em meio ao negro do universo
Somos como velas iluminando os doentes

Sobe então o resto que há
Antes que o céu possa derrubar
Uma chuva de asteróide
O momento é o nosso punhal

Ranque o peso que dão para nós
Este é o tempo de não carregar
O momento é o nosso punhal
Ranque o peso como um animal
Como um animal

Huhu hu haha

Letra enviada por Kaic Bo Alkmin

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