Joel Marques

O Roceiro

Joel Marques

Cowboy Do Asfalto


Amigo estou chegando agora venho do interior
não repare em minhas roupas os remendos
a poeira dos cabelos o meu suor
é que a vida la da roça não que eu diga que não possa
mas está muito difícil de agüentar
é que um tal de intermediário sem ter jeito de
operário
vem colhendo muito mais em meu lugar
vem a seca vem enchente
vem insetos mas com tudo isto a gente ainda podia
trabalhar
se não fosse esse moço
que mos pega com a corda no pescoço e ainda acha de
apertar
amigo me ensine algum caminho aonde procurar
não repare este meu jeito de caipira
só preciso achar alguém pra me escutar
se eu falar um pouco errado não se faça de acanhado
diga logo aonde eu devo corrigir
me disseram lá no campo que aqui se colhe tanto
vim plantar minha semente por aqui
amigo esqueça o que lhe digo tudo foi em vão
foi apenas o lamento de um roceiro
que plantou bem mais do que colheu o pao
não censuro a natureza pois é sábia com certeza
e oferece o que me pode oferecer
só condeno esses senhores meros atravessadores
que utilizam minha vida pra viver

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