Joca Martins

Guri

Joca Martins


Das roupas velhas do pai
Queria que a mĂŁe fizesse
Uma mala de garupa
Uma bombacha e me desse...
Queria boinas, alpargatas,
E um cachorro companheiro
Pra me ajudar a “bota” as vacas
No meu petiço sogueiro.
Hei de ter uma tabuada
E o meu livro Queres Ler
Vou aprender a fazer contas
E algum bilhete escrever...
Pra que a filha do seu Bento saiba,
Que ela Ă© o meu bem querer
E se nĂŁo for por escrito
Eu nĂŁo me animo a dizer!

Quero gaita de oito-baixo,
Pra ver o ronco que sai;
Botas feitio do Alegrete;
Esporas do IbirocaĂ­...
Lenço vermelho e guaiaca
Compradas lĂĄ no Uruguai.
Pra que digam, quando eu passe,
Saiu igulazito ao pai.

E se Deus nĂŁo achar muito
Tanta coisa que eu pedi
NĂŁo deixe que eu me separe
Deste rancho onde eu nasci...
Nem me desperte tĂŁo cedo
Do meu sonho de guri
E de lambuja permita
Que eu nunca saia daqui.

Composição: JoĂŁo Batista Machado E JĂșlio Machado Da Silva Filho

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