João Vilarim

Orvalhar

João Vilarim


Orvalhar
João Vilarim

Visita do orvalho vai morrendo e dia vem secar-se ao sol
Somo a madrugada e por trás das montanhas forma um arrebol
Janelas fechadas vão espreguiçando, outro dia além...
Um bezerro macho berra no terreiro e sua mãe não vem

Rompe-se o silêncio e a natural orquestra trás seu recital
O galo caipira canta suas modas acorda o quintal
O bule bulindo espalha uma fragrância cheira a cafezal
Homens vão pra lida levam o seu almoço o prato principal

A manhã embarca para o entardecer e as horas seguindo pro anoitecer
Montado ao vento o tempo num galope faz-se um viajar
Colcha de retalhos faz-se nossa vida, costurando ao sonho nosso caminhar
Ponta de uma história que ficou perdida no esquecimento sem poder voltar

Lua seresteira doma o firmamento pra poder brilhar
Os enamorados deitam-se na rede para namorar
Calam os passarinhos para ouvir o pinho a se dedilhar
Junto da fogueira sua mão matreira a se deslizar

Madrugada quieta e os pequeninos a matraquear
Punhado de estrelas com os pirilampos a se combinar
Rasga o sereno uma viajante a desaparecer
Não demora muito volta o orvalho para nos rever

Composição: João Vilarim & Nico

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