Que desatino é este, que de mim provém Se só forjo uma maneira de ser amado Numa excitação de amor como convém Em que sejas tu a companhia a meu lado
Que desatino é este, que me afogueia Se só penso em beijos humedecidos Vindos desses lábios de sereia E imagino teus amores enternecidos
Que desatino é este, que me assalta Se só te imagino nos meus braços Acalorada e louca de desejo feita peralta E acometido de tesão, sou embaraços
Que desatino é este, que me extenua Se só penso no teu sexo quente Só consigo te imaginar nua Derretendo -te de prazer docemente
Que desatino é este, se sou fogo vivo Se apenas sonho com noites de orgia Que se passará? Será porque me privo? Ou porque não te tenho, tal qual queria?
Que desatino é este, se me sinto desanimar Se tudo o que quero no momento É poder contigo e a ti amar Este desvario é todo o meu tormento
Que desatino é este, quando em ti penso Se só imagino loucuras de prazer Não entendo toda esta falta de senso Que desatino é este, podes me dizer?