Aquele som sensual da voz rouca Sussurrando palavras de enfeitiço Nossa música preferida que toca E com os dedos desenhando a boca Beijos atrevidos... Oh belo enguiço
As mãos enlaçadas são agora francas Na procura bela de outros contentos Sentindo o húmido do amor entre ancas Momentos cheios de “magias brancas” O fogo queima-nos, a todos os momentos
Induz-nos a devaneios atrevidos Na dança embriagada do prazer São êxtases delirantes, consentidos Nesses momentos assim vividos Nosso sonho, tormento de bem-querer
Serenamos a porfia em nossos fados Desejando os corpos fundidos num só E assim dormimos abraçados A essa ideia, de suspiros entrecortados Até que a sorte de nós tenha dó
Queremos um e outro ser felizes Só com olhares, palavras ou desejo Esquecendo que tudo o que dizes É absorvido na alma e nas raízes E não se aquieta assim sem um beijo
A dor da distância é feroz Mata o mais belo que há em nós Amor platónico nesta idade É martírio bastante para a insanidade Oh sofrer assim de estarmos sós
Não fora esta ambição de ser feliz contigo De saber que sou mais que um amigo E me deixava já aqui findar Porque viver sem jamais te abraçar É tormento superno! É brutal castigo.