Jairo Lambari Fernandes

Rancho Tapera

Jairo Lambari Fernandes


Busquei pra sinuelo um sonho carancho
que rondou meu rancho pelas invernias
e as tardes vazias trocaram de rumo
num mate lobuno na sala vazia

Eu vejo e pressinto teus olhos luzeiros
um par de candeeiros no breu da saudade
e louca ansiedade de tĂȘ-la comigo
meu sonho de abrigo na flor da idade

Um sol renegado se avança pro mundo
solito me afundo num gole do amargo
e estes campos largos te esperam silentes
num mate que Ă© quente, no apego que trago

Meu rancho tapera com sede de vida
curando as feridas das longas esperas
retinas que buscam ao longo da estrada
a tua chegada, minha primavera

Quem sabe algum dia te veja chegando
num flete escarceando, na tarde que parte
remonto meu mate pra cantar milongas
e o mate se alonga no calor do catre

Se acaso o destino nĂŁo me der esta sorte
buscarei o meu norte na razĂŁo da estrada
nĂŁo quero morada, nem vĂĄrzea pra lida
serei sĂł partida pro mundo e mais nada.

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