Jacó e Jacozinho

Potro Pagão

Jacó e Jacozinho

Mãezinha Querida


Há muito tempo meu avô sempre contava
Quando ele trabalhava pra um ricaço valentão
Pra aquelas bandas não existia clemência
Onde a lei da violência imperava no sertão
Disse que um dia viu um moço amarrado
Pelo campo arrastado por um potro redomão
Naquelas terras onde a lei é do mais forte
Onde o fraco encontra a morte sem direito apelação

Aquele moço estava sendo castigado
Só porque rosa do prado a esposa do patrão
Gostava dele e o rapaz não deu confiança
E a malvada por vingança ao marido disse então
Seu empregado me faltou com o respeito
Quero ver esse sujeito receber a punição
Por mais que ele jurasse não ser culpado
Morreu sendo arrastado naquele animal pagão

No mesmo dia quando o potro voltava
Já mais nada ele arrastava
Pois não tinha mais ninguém
Ao ver seu dono parece que até dizia
Logo vai chegar o dia de arrastar você também
E como prova que o destino é justiceiro
Certo dia o fazendeiro teve a merecida queda
Levou um tombo no estribo ficou enroscado
Pelos campos arrastado pagou com a mesma moeda

Rosa do prado vendo o patrão caído
Foi socorrer o marido mas a sorte foi fatal
Por um castigo a sua hora foi chegada
Também morreu esmagada pelas patas do animal
Não há gigante neste mundo que não tema
Nem montanha que não trema pela lei do redentor
Qualquer tormenta no oceano se consome
Quando alguém chamar o nome de Jesus nosso senhor

Composição: Léo Canhoto/Jacozinho

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