Oito horas da manhã na luz subterrânea onde o gado se conduz de forma espontânea Se carrega, segunda, sexta se entrega Ego, ferve leva, alter ego enxerga
Superego cega, acerta a rota aperta Quem persiste nega ou concorda ou dispersa veta, quem é que não vai se iludir O mundo é mato e só quem é vai resistir
Só quem vive isso aqui, presencia Sangue escorre dos tetos, na sua sala vazia Prende Ainda não aprende Quem faz o mundo é a gente A gente
Sente, carpetes compete em meio a lama Champanhe italiana quantos litros derrama Drama turgia, letargia fatal Escorre das veias de mais um carnaval
Parece que na prece me livrei da caverna E enxergo outro mundo aqui fora sem lanterna visão externa sentido figurado explícito Conflito corrosivo, tornando meu ar ilícito
sem foco se Sufocam, sem cura, glaucoma Sem direção sem chão, sem armadura, em coma Morrendo sem condição, sem sentir o sintoma Busca por libertação não reside nesse Bioma
Na goma, vapor, função, funciona Das lata Da nata aos frasco de acetona Insônia, demonstra, não existe outro lugar Nada se perde Quando não se tem o que ganhar
O luar acompanha, hoje a lua sangra E eu vagando na solidão, dessa imensidão tamanha salvação habita entre os nichos dos meus verso Que pacífica, "passa e fica como o universo"