Irrupção

Senzala

Irrupção


Num corte rápido e sensato o sangue escorre pela carne lubrificando
o eixo da máquina que acomoda e atrofia pernas e braços subordinados
que vai perdendo a cada dia a vontade de viver

E se esquecem e não se importam com o que devem fazer pra não deixar os seus herdeiros do mesmo jeito morrer

Meu coração não é de aço
Engrenagens não vão tirar o meu valor

Enquanto o patrão atrás de uma mesa calcula os lucros de sua avareza
esquece o sol que bate á janela
a soma, a matéria é tudo que enxerga

E chamam isso de vida

Por que o que tem não basta
O olho cresce na mira
Quer sempre mais e mais
Nunca enche a barriga

Inverte a maldição mas não desfaz o castigo
Sacrifica o suor cospe na cara e humilha
E humilha.

Composição: Edes Oliveira Santos

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