(intro)
Ixi bro
Colava la na são bento rimava direto la
Mas você não tem 16 anos?
Mas não interessa eu colava, tio
Eu colo cuns cara tudo
Com lele, com titi, com chechel
Eles até me chama de meu mano quando me vê
Ha pode crer, pode crer
Que foi tio tá desacreditando jao?
Vai! eu sou primo do cumpadi do cunhado
Que é amigo, do irmão do chapa
De um mano, que passa na rua
Do truta que colo um dia na escola
Do sobrinho, de um coleguinha
Que um dia tocou na mão do sabotagem
É tio então mais respeito certo! aqui é hip hop
Sabotagem? hip hop? entendi


Rimador, aguerrido em refrões
Pensador aplica amor na letra igual camões
Olhe por, onde anda fazendo afirmações
Não vá tropeçar em próprias convicções
Depois se vê vazio, mas cheio de contradições
Saída de mestre faixa na rua
Mas não é de pedestre
Então respeite malandro, rap no comando
Na batida ando sem bebida na comanda
Não desanda que a pena não é branda
Zoi de tandera me erra, minha raiz
Minha terra som sem contrabando
Dom tem todo bando
Meu raciocínio não tá travando
Meu ouvido é contra vando
Enquanto uns vira copos aqui uns vira hino
Os puli vira trapa na cara dos menino
Me desloco ataco em bloco
Convoco com foco em um sentimento genuíno

Refrão
Eles falam que não, mas nois falo que sim
Eles dizem que vão, enquanto isso eu já vim
Tamu no corre dim, e eles falam que são
Na real eles tão no começo do fim
Tamo na bola de meia
Sem medo de cara feia
Sem traira na ceia
Eles como prego na areia

Como num dominó, domino a estratégia e a tática
Com técnica pra colocar o plano em prática
Liberando energia, fermentação láctica
Sem mágica, música toca e eles bate cabeça
Sem que pereça, conserva
Sem conversa pra que aconteça
Sem erva, nem serva, reabasteça
O estoque, titular, mas mantem a reserva
Na falta de cash, ou da ou desce e ninguém se mexe
Sem foto, mas com grandmaster flash
Feche os olhos, sinta, fala menos, age mais
Uns ocupam wall street, outros redes sociais
Sem justiça não há paz, rapaz, (a cobiça) jamais
Chega de preguiça, se levanta e faz
Se a postura for postiça, nega, não compensa ter talento
Brilho demais no olho cega, fica atento


Refrão
Eles falam que não, mas nois falo que sim
Eles dizem que vão, enquanto isso eu já vim
Tamo no corre dim, e eles falam que são
Na real eles tão no começo do fim
Tamu na bola de meia
Sem medo de cara feia
Sem trairá na ceia
Eles como prego na areia

Corro uma formula indy sem manual, nem aditivo
Individual não, porque eu penso no coletivo
Individuo tal, satanás, vá de retro
Não retrô, métrica certificada pelo inmetro
Conto o tempo, conta o tempo
Mais um conto no tempo, vou no contra tempo
Sem passa-tempo, o tempo passa
Ou cê caça o tempo ou o tempo te caça

Vou criando versos igual nefasto
Como armas de efesto
Me afasto do ruim, pratico o resto
Vou chegando colo mas não arrasto
Mentira detesto, não me desgasto
Confiante de modo modesto
Contesto quem sem perguntar fala que é honesto
Não ateste mano indigesto
Se fez sentido atenção eu presto
Você fala muito em mano
Mas eu nunca vejo gestos

Eles falam que não, mas nois falo que sim
Eles dizem que vão, enquanto isso eu já vim
Tamo no corre dim, e eles falam que são
Na real eles tão no começo do fim