Garotos Podres

Zé Ninguém

Garotos Podres

Live in Rio


Nasceu da miséria
E se sente o cheiro daí
Se encheu de cachaça e saiu por ai
Não trabalha mas tambem não explora
Não consegue conpreender multidões contando horas
Na praça demonstra a sua fé
vagando satisfeito
E é movido com os pés

Olhando pro sol
Olhando pra chuva
Enlouquecendo no meio da rua
Zé não precisa tomar banho Pra se manter limpo
Zé nunca foi latifundiario
Zé nunca foi patrão
Zé nunca foi nenhum tipo de ladrão

Sob o manto negro da noite
Deitado no banco da praça
Zombando das estrelas
Que insistem em ficar acesas
Um dia Zé simplesmente
Cansou-se de existir
E agora jas um corpo
Despedaçado na linha do trem

Um corpo de um cara qualquer
Um corpo de um Zé ninguem

Esta é a história de Zé ninguem
Na porta dos bares
À cama de cimento
Zé ninguém o excremento

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