Filipe Ret

Desenho

Filipe Ret


Degustando a angústia
Escrevo sem base
Em horas de catarse
Aproveito uma frase

Muita lapidação
E tá pronta a versão
Do ponto de vista que te afronta

A pampa sem caô
Ideia no tambor
Cicatrizes, tô aqui paixão
Catete e Laranjeiras, tudu bom

Como doença controlável, incurável
Com excesso de percepção insuportável
Pelo sorriso da bonança mansa
E o paraíso da ignorância

Traga whiski, cerva, nhacoma
Aqui meus olhos fecham pra enxergar
Mais uma, duas, três
Apaga, tenta cortes a lucidez da divina revolta

Crio o meu desenho
Amor é tudo que eu tenho
No rap decolo
Sorrindo, vivo do alívio
Em cada verso que eu choro
Eu crio o meu desenho
Amor é tudo que eu tenho
Um significante de uma margem

Acertos crucificados
Erros idolatrados
Só os que tem dizer
Somos desequilibrados

Eu vim da tudo bom
Tudo bem, tá ligado
A fluidez da luz
Dos inconformados

Pelo crescimento
Interior do errante
Cerveja, cigarro, tré, calmante

Um libertário ingovernável
Trazendo a inquietude
Vontade indomável

No frio um quente
No calor um fino
Sensação no peito
Frieza no raciocínio

Cadê a grandeza
Que a gente nunca alcança?
Auto afirmação
Sua insegurança

O caminho é medonho
Escravos do sonho
Andamos sempre risonho
Queira ou não

Com pensamento estranho
Esse é o meu desempenho
Amor é tudo que eu tenho
Tudo do coração, tudo bom

Crio o meu desenho
Amor é tudo que eu tenho
No rap decolo
Sorrindo vivo do alívio
em cada verso que eu choro
Crio o meu desenho
Amor é tudo que eu tenho
Um significante de uma margem distante

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