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Quando Eu Sair Daqui

Facção Central

Direto Do Campo De Extermínio


Ódio no limite aceso igual dinamite,
No inferno explode a crise, no muro cu de rifle
Assisti, olho na mira telescópica esperando aviso,
Pra deixar viúva a mulher de bandido,
Destruição, seguro, luto, dor, muita fumaça,
Cadeia dominada, esquartejaram a calma,
O 213 foge pela corda de roupa,
Pra não sentar na vassoura até sair pela boca,
Na mente descontrole, Maria-Louca,
O diretor quer negociar, tacam pedra, mostram a rola,
200 padres num flete pra 40 é homicídio,
Imagine quem cobra a honra com a faca no cubículo,
Explosão é lacrimogêneo, escureceu tudo,
Mal enxergo uma se pá, to vendo os escudos,
E fudeu, vem o choque de retalhação perversa,
O cachorrinho de corda do burguês faz a festa,
Estado o montinho dominado o controle volta pro Estado,
Agora é ser espancado pelado até cair desmaiado,
Coração de santo sai daqui petrificado,
Com mais dó de rato morto que refém mutilado,
No plano de crime por centésimo, aidético sem remédio,
Preso extorquindo prego, á noite surra de cano de ferro,
Vou dividir com a sociedade tudo que aprendi,
Boy cuzão não vai dormir quando eu sair daqui.

Refrão:
Contagem regressiva pra bomba explodir,
Tique-taque, tique-taque, um dia eu vou sair,
Aqui é o Rotwailler que criaram dando soco,
O monstro pronto pra voar no seu pescoço.

Se o Diabo der mancada dança na boca da garrafa,
De fio dental e sobrancelha raspada,
Pega o celular truta e liga pra sua mina,
Fuma um beck, um cigarro, tem crack e cocaína,
O loque caiu na armadilha, contraiu uma par de dívida,
Depois um funcionário cata a goma da família,
Se não morre é seguro, ás vezes é pior,
Mata o inimigo e o "laranja" segura o BO,
Quem não sai na RAILANDER não tem apetite,
Entra pra cumprir um ano e tira vinte,
Tosse, tosse, diagnóstico, Tuberculose,
Implorando pra ir pro PS e outro preso morre,
Animal que come PAPITAS ou WISCAS,
Se ver nossa comida vomita e mija em cima,
O maquinário do judiciário tem ferrugem na engrenagem,
Embolorado, corrompido sem vontade,
Meu processo anda menos que um por hora,
Pena cumprida, alvará não cola, eu nunca vou embora,
To no pique de enforcar meu advogado,
Vê o cuzão com a língua pra fora e olho esbugalhado,
Matar o juíz mais importante com um objeto cortante,
Mostrar que eu sou mais que um papel empoeirando na estante,
Aqui é o Rotwailer que criaram dando soco,
Que se fugir da coleira voa no seu pescoço.

Refrão

Trombei uma carta de um parceiro que trombou a liberdade,
Diz que livre não é sinônimo de felicidade,
Que quando acaba a euforia vem o soco do Maguila,
Com ficha na polícia é game over na alegria,
Não adianta catar fila com mil na firma,
Limpam o cu com a sua ficha na hora da entrevista,
Cansou de olhar a placa e velho no centro,
Preferiu mandar foto de vítima em cativeiro,
Aliás toda a carta tem o mesmo conteúdo,
Quem sai em um mês volta a ser outro número,
No caso do réu primário de trágico é hilário,
Usuário na cela de quem tem trinta assassinatos,
Vi novato entrando aqui e nem falando na gíria,
Na rua matando gambé e dando catarrada em cima,
Na vida é só carbonizar o pilantra do morro,
Pra ter o que seu pai nunca teve no bolso,
Não quis ver o velho com madeirite na cabeça,
Invadindo a área de manancial em volta da represa,
Mato pro meu filho ir pro colégio pago,
Jogar na escolinha do craque do passado,
Minha mulher não vai pra mãe por que não tem aluguel,
Dou pra ela um teco do céu roubado do grupo SHELL,
Um dia eu vou mostrar no saguão do seu prédio,
Quantos miligramas de ódio a grade botou no meu cérebro.

Refrão.

Composição: Eduardo E Dum-dum

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