Edu Ribeiro & Banda Cativeiro
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Nascido em 17 de Setembro de 1976 no bairro da Lapa, em São Paulo, Carlos Eduardo Ribeiro passou a primeira metade da sua infância no município de Taboão da Serra, zona Sul de São Paulo. Ter sido criado na periferia, passando pelas dificuldades que toda família pobre passa, fez com que ele pudesse adquirir a humildade, o respeito e os valores da periferia que o acompanham até os dias de hoje.

No início dos anos 80, seus pais mudam para o bairro do Butantã, São Paulo, onde sempre morou. Sua infância foi tranqüila, mas teve uma virada quando seu pai muda de emprego, indo para uma empresa que tem sua sede em Salvador, Bahia. Durante os anos de 1986 e 1987 Edu e sua família moram em Salvador. Após a entrada de um novo projeto, seu pai leva a família para o Chile em 1988, onde Edu pode aprender o espanhol.

No ano seguinte (1989), a volta a São Paulo é marcada pelo início da sua aproximação com a música. Ele passa a prestar atenção nas bandas e hits que tocam nas rádios, apurando seu conhecimento. Em 1990 ele volta a morar na Bahia e depois (1991) vai morar em Luanda, Angola. Um ano e meio vivendo na capital africana dá à Edu a primeira base da sua conscientização e valorização como negro. Com conhecimento e um violão na bagagem (que ganhou de seu pai) ele volta a grande metrópole. Em 1993, ele descobre a sua primeira paixão musical: o rap. A batida forte, letras contundentes e ritmo envolvente fazem a cabeça do jovem Edu que decide cantar rap sob o codinome 'Steel'.

Esse é o segundo momento de conscientização que Edu passa: o movimento negro totalmente interagido com o movimento hip-hop dá novos e marcantes horizontes para o novo rapper. No mesmo ano, Edu é convidado a ingressar no grupo de rap M.R.N. (Movimento e Ritmo Negro), que tinha acabado de lançar seu primeiro disco. Passados alguns anos e algumas formações chega um novo DJ: o até então desconhecido DJ Cia. Edu percebe que tem a partir dali um novo amigo, daqueles que são para a vida toda. Depois de shows importantes como o '300 Anos de Zumbi' no Vale do Anhagabaú, uma nova coletânea ('Das Ruas pro Mundo'), um disco de Djs (rimas para o amigo Dj Cia: o 'Pitch Zero') e alguns prêmios como 'Melhor Grupo de Rap de 1995' da Chic Show, mas desentendimentos com o líder do grupo leva Edu a se desligar do cenário do Rap Nacional. Como Edu já tocava violão e cantava um pouco, por indicação de um amigo, ele descobre o (extinto) Sarau do KVA, no bairro de Pinheiros, onde havia música, fotografia, poesia, teatro, pintura e pessoas que se interessassem pelas artes.

Participar de um movimento que fervilhava criatividade e cultura era a motivação que Edu precisava para começar a compor suas músicas. As suas primeiras canções foram "Vem me Ver", "Sereia" e "Paz Interior". Já decidido a fazer reggae, começa a montar sua banda no início de 1998. Porém, a ida de alguns integrantes para o exterior faz com que o seu sonho de ter uma banda de reggae seja adiado, mas não cancelado. Edu lembra que o disco que mudou a sua vida foi o primeiro da banda Nativus (hoje Natiruts). "Eles conseguiram me mostrar, musicalmente falando, que era possível fazer o que eu tinha em mente pra minha banda".

A canção que mais falou ao seu coração foi "Reggae de Raiz" e o resto do disco mantinha acesa a chama de seu sonho. Passados cinco anos e um disco com sua banda de forró universitário, fazendo outro ritmo (que não o reggae), Edu trouxe na manga novas e velhas composições e produções, sempre em reggae.

Foi fazendo sua última produção de reggae que Edu decidiu voltar de vez. Ele costumava ouvir da banda que produzia (a extinta Nação Reggae): "Edu, sua cara é o reggae. Você tem que voltar".

Incentivos como este e novos desentendimentos causaram o afastamento de Edu do forró para sempre. Hoje, mais feliz do que nunca, lança seu disco-solo e explica: "Ser dirigido, produzir e tomar conta do seu próprio trabalho é tarefa árdua, mas é o sonho de uma vida". Após quase dez anos viajando pela música brasileira, Edu se sente em casa estando de volta pra o reggae, que chama de 'lar, doce lar', deixando bem claro: "daqui não saio, daqui, ninguém me tira". E ri.


Fonte: site oficial