Douglas Din

Ordens

Douglas Din


Me metralham com tanta informação, som, imagem, placa.
População a mil, um primeiro de abril, babaca.
Mas também vem irmão, não só refil de ladrão.
De brisa alheia, gastando minha cota de perdão.

Concentro no que é bom, não dou amostra grátis.
Citando pela que não vale o carbono do lápis.
Falo de amigo não pra que a massa teen adore.
Satisfazer críticos pra mim não vem a priori.

Com muita nitidez, me vejo, vejo vocês.
Excesso de informação, tão ruim quanto escassez.
Peso cada palavra pra não cometer desvio.
Insiro em cada uma o meu brilho e o meu brio.

Escrevo onde me avalio,
me guio e retiro tudo o que é escroto.
Se fosse pra fazer metade
ou então meia boca deixava pra outro.
Mas como não é, eu derramo o meu espírito no texto.
Construo minha carta magna
pra não me render a cabresto.

Repito esse processo até que vire um disco.
Não vai ter play dele na casa de quem é do fisco.
Mas se tocar não tem problema, espero que ouça.
Bom que conheça o real lado negro da força.

[refrão]
Cada pauta que eu escrevo a mente corta na alta.
Separando informações que não podem fazer falta.
Passo a passo, traço por traço.
A ordem dos fatores importa
pra que nossa vida entre no compasso.

Cada pauta que eu escrevo a mente corta na alta.
Separando informações que não podem fazer falta.
Passo a passo, traço por traço.
Compondo um pedaço de mundo
em cada parte da letra que eu faço.

[Leozin]

[parte 2]
Papel caneta em punho, deixando meu testemunho
Usando a folha de rascunho pra encontrar matéria-prima
É hora de ver de cima pra enxergar além dos muros
Ter pensamentos maduros na cidade verde e cinza.

Se é pra ver de perto essa desordem é coletiva
Organizei ideias junto a mentes criativas
Se a mídia é seletiva eu vou buscar em outra fonte
Internet na praça sete high-tech em belo-horizonte

Um monte me acompanha durante esse aprendizado
Quem não tem direção geralmente fica parado
E eu vou seguir focado, caminho que eu mesmo escolho
Pra ter fé onde eu tiver com minha meta sangue no olho.

Ativo com ou sem sativa na sátira urbana
Servir como incentivo ajuda nessa jornada mundana
Vejo o corre de grana que faz o homem de bem
Dar valor ao que se tem, sem dinheiro não se come.

Usei o microfone pra amplificar a mensagem
A ordem da desordem; bem vindo a nossa viagem
Com doses de coragem pra não se render ao jogo
Um novo dia, nova etapa eu vou me organizar de novo.

[refrão]

[Well]

[parte 3]
Primeiro passo já foi dado então inicio da missão
Foco no bloco enquanto o momento me traz inspiração
Escuto um som de Elis, alivio a tensão
Agradeço por mais um dia e dou inicio a minha sessão.

Ação em ascensão. um tema pra compor
Indeciso, eu analiso o que eu tenho ao meu dispor
Ventos ao meu favor na busca de um motivo
Recordo de alguns sorrisos que ainda me mantem vivo

Separo o trigo do joio numa folha rasurada
Dou o molde metrificando a ideia mais adequada
Inicio da jornada calma nesse momento
Pro barato ficar louco o processo tem que ser lento

E os cara cobra quer rima na rua
Minha mente sufoca com tanta pressão
Com pressa não faço não forço a letra
Deixo que a vibe me dê direção
Em meio ao tumulto executo
Luto pra ser absoluto
Na busca do verso bolado embolado
Com som combinado num flow mais astuto
Respira...

Mais um rap tá engatilhado
Faz a guia pra mais tarde poder mostrar pros chegado
Quase tudo encaminhado descanso a minha mente
Até achar o beat certo que encaixe perfeitamente

[refrão]

Composição: Douglas Din, Leozin e Well

Letra enviada por Gabriel Martins

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