Dorsal Atlântica

Velhice

Dorsal Atlântica

Pelagodiscus Atlanticus: The Old,The Rare,The New


Se eu não trabalho então eu não existo
Se eu não servir de produção, estou morto estando vivo ?
Não é assim que vocês raciocinam ?
Penso que ainda existe vida nos retratos amarelos

Eu vejo, eu falo, eu ouço, eu penso
Sou carne viva, sangue circulando
Tenho sentimentos até mesmo na velhice

A dor de querer e tentar ser útil
e ninguém prestar atenção
Eu me sinto como um retrato amarelo

Não quero que tenham dó de mim
Eu não preciso desse tipo de caridade
Mãos enrrugadas, trêmulas, proféticas incomodam
e parecem carregar uma peste sem cura

Velhice é uma criança que retorna e preocupa
Amigos se vão, o pano cai, a peça sai de cartaz
Ser esquecido na poltrona do canto da sala
paisagem adormecida de uma vida longínqua
lembranças minhas que não interessam à ninguém
Meu maior erro foi acreditar que o meu jardim nunca
iria envelhecer.

Composição: Carlos Lopes

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