Divino e Donizete
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O Rei da Cana

Divino e Donizete


Na Br que vai pra Goiânia
Pela cento e cinquenta e três
Foi num posto de beira de estrada
Vou contar o que eu presenciei

Uma moça também de passagem
Maltratava um rapaz cortês
E na lanchonete do posto
Sem demora eu aproximei
Para ouvir de quem era a razão
Naquela ocasião a conversa escutei

Era um moço que chegava a pé
Caminhando pelo acostamento
E a moça dizendo ser rica
Num estranho comportamento

Vendo ele bem sujo e rasgado
Ela usou um pesado argumento
Foi dizendo, aqui não é chiqueiro
Para um porco pedir alimento
Quero agora deixar meu protesto
Porque eu detesto ver homem nojento

A resposta do moço foi calma
Senhorita preste atenção
Porque minha jornada a pé
Tem profunda explicação

Venho vindo de terras distantes
Pra cumprir uma séria missão
Meu filhinho estava doente
A ciência não deu solução
Pra senhora eu digo a verdade
Vou indo a Trindade só por devoção

Venho vindo de Ribeirão Preto
Caminhando a várias semanas
Por milagre meu filho sarou
Eu não tive a sorte profana

Sou um fiel pagador de promessa
E comigo você se engana
Não é porco o meu apelido
Lá na região de Serrana
Eu não quero ser um convencido
Mas sou conhecido como o rei da cana

Mil alqueires de cana plantada
Só em uma das propriedades
Também tenho usina de açúcar
Muito luxo e muita liberdade

Porém isso não tira o direito
De fazer a você caridade
Vou pedir ao Santo Divino
Quando a pé eu chegar em Trindade
Para pôr em seu coração
Muita compreensão e bastante humildade

Composição: Donizete Santos

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