Eu vejo a fumaça, minha visão se embaça Esconde minha luta que já fracassou
Olhar pra trás e perguntar valeu a pena Tanto sangue se nada restou
Primeiro veio a intolerância, depois a cobrança, indignação Do que vale a escolha se tudo é ilusão Decisões só são tomadas em outro lugar Por pessoas que eu nunca nem ouvi falar E o povo segue estagnado, gado Vendido e marcado, fingindo não ver os fora-da-lei Sentado, chapado, numa mesa de bar Rindo de qualquer besteira pra não chorar
[Refrão] E a liberdade vai se acomodar Pra quem buscar o fruto proibído E se encontrarmos estaremos perdidos Só resta agora me preparar
A indiferença com a sociedade aperta o ódio que eu sinto no meu coração Urubus, abutres, vermes, sanguessugas que devoram lentamente a minha nação
De que adiantam os protestos roucos Se os ouvidos são moucos Oportunidades de verdade surgem para poucos
Enquantos os ricos se queimam na fogueira das vaidades Os pobres botam toda a culpa nas autoridades Assim minha fé, meu instinto Se há alguma coisa melhorando eu não sinto E digo que há muita sujeira lá no alto Piratas bem vestidos saqueando o planalto
[Refrão] E a liberdade vai se acomodar Pra quem buscar o fruto proibído E se encontrarmos estaremos perdidos Só resta agora me preparar
[Solo]
[Refrão] E a liberdade vai se acomodar Pra quem buscar o fruto proibído E se encontrarmos estaremos perdidos Só resta agora me preparar
Composição: João Lucas Alvarez, Varlen Pavani, Eduardo Lobo