Desgovernamente
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Sanatório Mental (part. Karina Branco)

Desgovernamente

Desgovernando Tudo


Sanatório mental

Dente

Então a noite cai, mas já sei que chegaria
Delírio a mais, como qualquer outro dia
Olha rapaz, calor e suor só o pó
Panqueca na fúria martelo do thor
Da família isolado, amigos o deixaram só
Roupa velha surrada do sujo brechó

Delírio coerente da na vida um nó
Se situe, pra ficar melhor
Felicidade não consumiu o que cê tinha, tenha dó
Dentro de um mundo cada vez menor
O silêncio ainda tá gritando em torno de todo redor

Mas qual a explicação, de tanta alucinação
Seja real, seja mentira foco na convicção
Mantenha disposição, sem da recaída mancada
Que volta de volta direto pro chão
Que coisa feia não? eis a questão

Um copo de vinho faz bem pro coração
Uma golada boa e um trago no mata pulmão
Preocupado demais com a própria preocupação?
Como assim irmão?
Cabeça parecendo furacão, tá bem mesmo não
Vê se toma um remédio, mas um remédio bom
Meu remédio é o som, seu problema sem solução

Prepara a carcaça
Que já começou a auto desgovernação
tá fora de si, presta mais atenção


Refrão (karina branco)

Paredes que falam comigo a noite
Só iludem minha percepção
E as noites mais claras o escuro quem trouxe
Pra que sinta minha alma no chão


Pitter


É só ilusão na madruga na orelha a pulga
Essa fuga me suga e julga quem eu sou
Essa arrogância que por um instante
Me aluga, me empurra pra um estado critico
Dias que passam são falsos como horários políticos


Caso me encontre no inferno então aplauda-me
Pois consegui fujir da ilusão que consome
Enquanto tuto pra fujir desse lugar
Prefiro e é bem melhor fingir não estar lá

Ó, ao estalar do dedos, medos que matam sossegos
Enquanto me encontro, me conto e encanto com o pranto
E a ilusão cobre meu corpo com o manto
Que me trata com tanto pudor
Tudo que vem com o medo
Faz com que eu já nem sinta essa dor
Mas difícil me recompor no meio do nada
A tarja preta e treta pra eu lavar minha alma mal lavada
Mocada já na calada, vagando na rua
Qual loucura que afeta mais o mundo, a minha ou a sua

Refrão (karina branco)

Paredes que falam comigo a noite
Só iludem minha percepção
E as noites mais claras o escuro quem trouxe
Pra que sinta minha alma no chão

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