Então a noite cai, mas já sei que chegaria Delírio a mais, como qualquer outro dia Olha rapaz, calor e suor só o pó Panqueca na fúria martelo do thor Da família isolado, amigos o deixaram só Roupa velha surrada do sujo brechó
Delírio coerente da na vida um nó Se situe, pra ficar melhor Felicidade não consumiu o que cê tinha, tenha dó Dentro de um mundo cada vez menor O silêncio ainda tá gritando em torno de todo redor
Mas qual a explicação, de tanta alucinação Seja real, seja mentira foco na convicção Mantenha disposição, sem da recaída mancada Que volta de volta direto pro chão Que coisa feia não? eis a questão
Um copo de vinho faz bem pro coração Uma golada boa e um trago no mata pulmão Preocupado demais com a própria preocupação? Como assim irmão? Cabeça parecendo furacão, tá bem mesmo não Vê se toma um remédio, mas um remédio bom Meu remédio é o som, seu problema sem solução
Prepara a carcaça Que já começou a auto desgovernação tá fora de si, presta mais atenção
Refrão (karina branco)
Paredes que falam comigo a noite Só iludem minha percepção E as noites mais claras o escuro quem trouxe Pra que sinta minha alma no chão
Pitter
É só ilusão na madruga na orelha a pulga Essa fuga me suga e julga quem eu sou Essa arrogância que por um instante Me aluga, me empurra pra um estado critico Dias que passam são falsos como horários políticos
Caso me encontre no inferno então aplauda-me Pois consegui fujir da ilusão que consome Enquanto tuto pra fujir desse lugar Prefiro e é bem melhor fingir não estar lá
Ó, ao estalar do dedos, medos que matam sossegos Enquanto me encontro, me conto e encanto com o pranto E a ilusão cobre meu corpo com o manto Que me trata com tanto pudor Tudo que vem com o medo Faz com que eu já nem sinta essa dor Mas difícil me recompor no meio do nada A tarja preta e treta pra eu lavar minha alma mal lavada Mocada já na calada, vagando na rua Qual loucura que afeta mais o mundo, a minha ou a sua
Refrão (karina branco)
Paredes que falam comigo a noite Só iludem minha percepção E as noites mais claras o escuro quem trouxe Pra que sinta minha alma no chão