Desgovernamente

Ruas

Desgovernamente

Desgovernando Tudo


Dente
Desamparada rua pátria amada
Que vem de morada a ser frequentada
Alguns usam de dormitório, escritório
Consultório como laboratório do território
Faço nosso relatório
Satisfação sou novo membro disposta
Mente querendo ou não querendo
Vou adivinhar os seus segredos
Mesmo sabendo de tudo acontecendo
Coração puro da a vez ao próximo joga pra trás te fudendo
Mais a noticia e que o mal caráter
Não sabe com quem ta mexendo
Então não mexe com quem não conhece
E cada um com o seu brother então não se mete
Quer noticia ruim ou quer que eu conte a boa
Se e a rua que ta me esperando eu sei que não e atoa
Papo vai papo vem a rua e de todos e não e de ninguém
Ruas antigas até hoje tem idades
Lá e como no jardim da liberdade
Pra alguns com tanta necessidade

Pitter
Ruas que guiam sofrimentos
Em momentos mudam-se os ventos
Vielas que me orgulham
E mudam ao passar dos tempos
Meus passos são cautelosos, vielas são nossas casas
Tempo que passa e ultrapassa o que eu vejo
E tudo que eu vejo o tempo não ultrapassa
Passa, mas por um acaso o acaso foge
Pra que nada nassa
E aglomeração de sonhos juntos nessa massa
Se vida e uma farsa pra quem criou asas
Caminhos feitos por cima de brasas
Gente que fala que pensa em fazer, ao invés disso faça
As paredes ensaguentadas e essa lei forjada
Não impediu as suas casas de serem pichadas
Somos tratados como um lixo
E criados entre os bichos, nessas ruas
Onde temor vaga nas calçadas
Mas se o mal também veste prada
Pra que mudar o curso da minha caminhada
E fascinante como esses seres pensantes
Conseguem usar uma mente para exatamente nada
Ruas, cidades e nações
Ruas que guardam historias de vida e guiam seus corações

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