Depois da Tempestade

Tinta e Agulha

Depois da Tempestade


Me diz porque não me olha no olho
Só enxerga as marcas que eu tenho pela pele?
Será que sua crença te cegou
Ou põe seu preconceito no nome do criador?

Alguém sem cicatrizes é mais competente que eu
Pra ser o proletário da sua empresa de quinta?

Eu arregaço as mangas
Não tenho mais vergonha de me expressar
Não são mais eles que me escolhem
Eu que escolho onde vou trabalhar

Não há porque me julgar diferente só porque tenho tinta
Em minha pele. Tinta em minha pele
Seu preconceito só te afoga a cada dia
E dói mais do qualquer agulha em mim

Eu sou o senhor do meu corpo
O meu corpo é o templo da minha alma

Não há porque me julgar diferente só porque tenho tinta
Em minha pele. Tinta em minha pele
Seu preconceito só te afoga a cada dia
E dói mais do qualquer agulha em mim

Composição: Victor Birkett

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