Criolo
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Tô Pra Ver

Criolo

Ainda Há Tempo


Tô pra ver um daqui sucumbir
Você pode até sorrir mas no final vai chorar
Mexeu com nois assim... Somos forte
Tô com a favela eu tô forte...

Tô pra ver um daqui sucumbir
Você pode até sorrir mas no final vai chorar
Mexeu com nois assim... Somos forte
Tô com a favela eu tô forte...

Tô pra ver um daqui pedir toalha, água
Não resistir a essa batalha
Do rap não sou uma estrela, eu sou uma arma
Que cospe a verdade, que pega e fala

É do perreio, desespero, descabelo e da desgraça
Que nutre o ódio e prolifera em toda a massa
O gosto amargo, descaso que se passa
É trabalhar sem ter se envolver vira fumaça

Do que esconderam debaixo do tapete,
Saciar meu povo, que tá com sede de verdade
Sim, aqui se pode, correr atrás
Traíras não podem conquistar o que teriam de graça

De que adianta ter conceito nas festa
Se moral na quebrada, sua carapuça caiu
Ai coisa feia... é óleo de peroba nessa cara de madeira
Em toda quebrada tem (tem) você sabe bem (bem)

O que ele quer é te derrubar owoh, mas não vão conseguir
Porque:
Tô pra ver um daqui sucumbir
Você pode até sorrir mas no final vai chorar

Mexeu com nois assim... Somos fortes
Tô com a favela eu tô forte...

Tô pra ver um daqui sucumbir
Você pode até sorrir mas no final vai chorar
Mexeu com nois assim... Somos forte
Tô com a favela eu tô forte...

Ensinamentos dessa caminhada
O sol que te aquece de graça
O artesão que a madeira talha
Agulha no palheiro, um dia a gente acha

O tempo passa devagar se a vida tá sem graça
É rocambole sem recheio, tonel sem cachaça
Beijo sem língua, São Paulo é uma farsa
Bancar o desarmamento, ação desesperada

Não investiram na educação... Agora paga
É preto e branco, um vazo no martelo
Uma flor sem cor, um sorriso amarela
Entra ano e sai ano e o povo na miséria

Se o meu negócio é cantar... Cantaremos Cinderela
Eu quero aprender, eu quero saber,
Eu quero passar pra depois desenvolver,
Eu quero comer, eu quero beber,
Saneamento básico cacete, isso é o mínimo...

Dignidade do poeta que vai se diluindo,
Numa luta covarde vou seguindo, tossindo
O que mais me incomoda é sua pobreza de espírito
O que mais te incomoda é que eu sou feliz fazendo isso

Desistir, nunca, não sou covarde,
Queira ou não rap é uma realidade

Desistir, nunca, meu povo não é covarde
Queira ou não rap é uma realidade de luta...
Luta, luta, luta, luta, luta, luta, luta, luta,
Luta, luta, luta, luta, luta, luta, luta, luta...

Tô pra ver um daqui sucumbir
Você pode até sorrir mas no final vai chorar
Mexeu com nois assim... Somos forte
Tô com a favela eu tô forte...

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