Cordel do Fogo Encantado
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Profecia (ou Testamento da Ira)

Cordel do Fogo Encantado


Salve o povo Xucuruiaó

Na cumeeira da serra Ororubá o velho profeta já dizia
Uma nova era se abre com duas vibras trançadas
Seca e sangue
Seca e sangue (1)

Herdeiros do novo milênio
Ninguém tem mais dúvidas
O sertão vai virar mar
Eo mar sim
Depois de encharcar as mais estreitas veredas
Vivarará sertão

Antôe tinha razão rebanho da fé

A terra é de todos a terra é de ninguém
Pisarão na terra dele todos os seus
E os documentos dos homens incrédulos
Não resistirão a Sua ira

Filhos do caldeirão
Herdeiros do fim do mundo
Queimai vossa história tão mal contada
Ah! Joana Imaginária
Permita que o Conselheiro
Encoste sua cabeleira
No teu colo de oratórios
Tua saia de rosários
Teu beijo de cera quente

E assim na derradeira lua branca
Quando todos os rios virarem leite
E as barrancas cuscuz de milho
E as estrelas tocadeiras de viola
Caírem uma por uma
Os soldados do rei D. Sebastião
Mostrarão o caminho


(1) Profecia do Pajé Cauã
(extraído do livro Lampião Seu Tempo e Seu Reinado, vol. 1, Frederico Bezerra Maciel)

Composição: Letra: Lirinha, Música: Clayton Barros

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