Cordel do Fogo Encantado
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Profecia Final (Ou No Mais Profundo)

Cordel do Fogo Encantado

Cordel Do Fogo Encantado


Adeus povo, adeus árvores, adeus campo
Aceitai minha despedida*
Fico governando essa zona de cá por inteiro até
a ponta dos trilhos em Rio Branco
e o senhor por sua vez governa
do Rio Branco até a pancada do mar**

Espinhos soltos no chão
Mistérios presos no ar
Não desejei carregar esse cajado infinito
Anuncio a tua vinda
No silêncio dos cocões
Já vou meu primeiro trago
Longe da terra primeira
A nitidez se acentua
O nevoeiro se engole
Minhas raízes caminham

Herdeiros do fim do mundo
Queimai vossa história tão mal contada

No mais profundo riacho seco
Na mais alta casa do mundo
Na vastidão do teu olho
Na pancada do segundo
Suor de santa vela acesa
A língua hóstia consagrada
Sangue vinho do meu peito
Pés andor da dor cansada***

*Antônio Conselheiro
**Lampião, em carta enviada ao governador de Pernambuco
***Músicas de Romeiros

Composição: Lirinha

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