Comunidade da Rima
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Revanche da Favela

Comunidade da Rima


A partir de agora o rap impera/ e a favela de piano vai assimilando a idéia/ e a consequência resistência passo a passo tomando forma/ Hip Hop batendo firme e forte disseminando revolta / reviravolta agora é hora da volta por cima/ comunidade da rima no domínio do verso pra mudar o clima/ auto-estima pra cima/ quem duvidou em nós não acreditou quebrou a cara/ poder do som invadindo a área/ recrutar o aliado e aliada do outro lado muralha/ nos confins da exclusão/ caneta e papel na mão/ dano início aos inscritos da nossa revolução/ em ação debaixo pra cima periferia na ofensiva/ tirando o atraso cobrando o furo com correção e juro/ favela não dá trégua/ não arreda/ a voz é nóis é nossa vez burguês não tem vez/ boca quente armando o revide inteligente/ entra pelo ouvido vai direto pra mente o baixo a caixa o bumbo treme/ cumpade segura o baque mais forte que o crack/ tô na atividade/ nos quatro cantos da cidade a sigla prolifera/ se liga na batida viaja na idéia/ sai da rota do problema/ você também pode quebrar as algemas do sistema/ guerra pela paz é lema/ atitude consciência é a senha/ (então venha) do sistema não seja refém/ vamos além pilantragem, treta, ódio/ vamos além da sedução do crime, cadeia, óbito/ ninguém segura família cultura de rua/ verdade nua e crua idéia forte som pesado/ tanto bate até fura/ a estrutura/ periferia pensante pra burguesia doença sem cura.


Se liga na idéia

Sente o Poder do Som

Gueto se rebela

O rap dá o tom

De ponta a ponta

a rima prolifera

Hip Hop é resitência

A revanche da Favela


O novo vicío da favela se chama Hip Hop/ lado a lado com os maluco de sul a norte/ de leste a oeste a conspiração do submundo acontece/ no vai e vem do scratch/ no peso do rap/ break pela paz respeito prevalece/ a pedra no sapato do sistema cresce/ o poder treme os boy teme/ foda-se o plim plim e o besterol das grandes FM/ sou mais radio comunitárias/ a voz do povo que não cala/ a fala de quem não tem a fala/ o cano de escape do sufoco/ playboyzada apavorada eu acho é pouco/ subestimou o gueto agora tá linha de fogo/ favela virando o jogo/ tirando o atraso/ burguesia parasita vai passar maus bocados/ o vírus da consciência se espalhou/ o efeito da anestesia acabou/ Hip Hop meu MST urbano/ os inimigos do povo vão entrar pelo cano/ quem canta os males espanta/ cada dia que passa mais adeptos na banca/ magia sonora que encanta/ homens mulheres crianças/ aonde o peso bate a massa se balança/ som de preto impondo respeito/ revanche do gueto/ que não se acomoda/ não é moda a parada é foda/ mas o nego não rói a corda/ nem se rende nem se vende nem se dobra/ som revolucionário rasteiro certeiro contra o poder do dinheiro/ aperta o play aciona a bomba/ do subterrâneo do desespero ao apogeu da resistência/ só maloqueiro presepeiro calibre grosso da inteligência.



De ponta a ponta

a rima prolifera

Hip Hop é resitência

A revanche da Favela

De ponta a ponta

a rima prolifera

Hip Hop é resitência

A revanche da Favela


Poder do som batendo firme forte/ tirando os aliados da mira da linha da morte/ estamos vivos até hoje não por sorte/ / chega junto se liga/ rima precisa que nem um bote de cacavel/ pra boy amargo como fel/ marrron moreno o caralho/ chega de ser tratado como otário/ o tiro do sistema saiu pela culatra/ de quebrada em quebrada a rima se alastra/ da Messejana ao Pirambu/ do Serviluz ao Maracanaú/ maluco eu sou mais um soldado da favela/ que se rebela/ quebra a regra não se ilude com o desdobro da novela/ o crime não me seduz/mais forte é quem me conduz/ nas trevas ou na luz/ não arredo o pé boto fé na luta/ o rap é a epidemia que o sistema se preocupa/ o som invade a rua/ devagar e sempre/ É o Terror /arrastando como um trator/ ninguém segura/ a voz e a vez/ dos excluídos esquecidos no xadrez/ a palavra de conforto pro louco deprimido / a luz no fim do túnel nem tudo está perdido/ não dou prazer ao inimigo/ longe do gatilho do pó do necrotério/ eu sei o que ele quer mas eu me entrego/ eu falo sério não peço arrego/ supero o medo/ Hip Hop o novo dialeto do povo do gueto/ orgulho de ser preto/ disseminando a união/ contra o poder conspiração/ fortalecendo a desobediência/ no arsenal da quebrada só ideia de responsa/ é a munição pesada/ quem planejou nossa desgraça semeou a exclusão/ vai pagar na mesma moeda colherá revolução

Composição: Preto Zezé (o Rapentista)

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