Cidade Negra
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Minha História (gesubambino)

Cidade Negra

Diversão Ao vivo


Ele vinha sem muita conversa
Sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava
e gostava de mar

Sei que tinha tatuagem no braço
Dourado no dente
Minha mãe se entregou a esse homem
Perdidamente (pedidamente)

Láia, laia, êêêêê, laia, laia...

Ele assim como veio, partiu
Não se sabe pra onde
e deixou minha mãe com o olhar
Cada dia mais longe
Esperando parada à parada
Na pedra do porto
Com seu único, velho vestido
Cada dia mais curto

Láia, laia, êêêêê, laia, laia...

Quando enfim eu nasci, minha mãe
Embrulhou-me num manto
E me vestiu como assim, como eu fosse
Uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos
A pobre mulher
Me ninava cantando cantigas
De cabaré

Minha mãe não tardou a alertar
Toda a vizinhança
A mostrar que ali estava mais
Que uma simples criança
E não sei bem se pura ironia
Ou por amor
Resolveu me chamar com o nome
De nosso Senhor

Láia, laia, êêêêê, laia, laia...

Minha história e esse nome que ainda hoje
Carrego comigo
Quando vou, show em show, viro a mesa,
Berro, bebo e brigo
Os ladrões e os regueiros, amantes,
Meus colegas de cruz
Me conhecem só pelo meu nome...
Menino Jesus
Os regueiros e loucos poetas,
de fumaça e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome...
Cidade Negrrrrrrrraaa!!!!!!!!

Láia, laia, êêêêê, laia, laia, êêê...

Composição: Chico Buarque

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