Toda vez que risco um fósforo eu me lembro de alguém que um dia amei Tive sonhos, tive a felicidade nos amores que encontrei
Nas casinhas de barro de portas azuis das cidades pequenas que a gente passou No tapete de corda surrada que os pés de uma outra paixão pisou
O amor não é pra sempre mas também não tem hora pra voltar Ele vem na primavera Ele volta no verão Ele muda de pessoa e de lugar
Na carona do carro que te deixa em casa Na cama macia do amor atual No bar, no cinema ou na galeria, na periferia No encontro casual
E o fósforo aceso dá luz as estrelas Pra vê-las é fácil, é só inventar um novo amor Toda vez que alguém invadir seu desejo não cubra de medo Vá de encontro ao invasor
O amor não é pra sempre mas também não tem hora pra acabar Ele vem na primavera Ele volta no verão Ele muda de pessoa e de lugar
Eu só sei é que quando eu respiro mais fundo Eu me espalho no mundo Eu sou um Frenesi
Eu liberto o amor escondido no armário eu destranco as gavetas de um jaborandi
Se amor é sagaz, perigoso, chacal E desfaz tudo aquilo que um dia acreditei Ou será que o amor é do bem e do mal e ele dói na medida exata a que eu amei
O amor não é pra sempre mas também não tem hora pra acabar Ele vem na primavera, ele volta no verão Ele muda de pessoa e de lugar
O amor não é pra sempre mas também não tem hora pra acabar O amor não é pra sempre mas também não tem hora pra acabar