Da licença aqui, que hoje eu acordei disposto Já to no meus posto, na disposição Escrevendo no busão, sonhando com o mundo Vejo todo mundo, e otimismo em vão
Logo cedo me iludo, percepção aguçada Hoje to sem assunto com a intenção avançada Eu quero tudo, mas já tenho tudo Vejo talentos mútuos entre muros e calçadas
To ganhando tudo, enriquecendo a alma As de 100 vem também, é consequência, mas calma Fazer poesia é uma doença incurável Não tem tratamento pro meu dom
E os meus vícios me fazem escrever E de tanto escrever foi onde eu fiz som Eu vou cantar minha angustia Descendo a rua augusta, ta tudo bom Um drink e um cigarro me serve de inspiração
Somos crucificados, por ser libertários Desequilibrados, e eu não vou mentir ando meio insuportável Ego não maleável, Um pouco desajustado Justo por ser ajustável
Eu tento entendê-los, juro que tento Eu tento entender, porque julgam tanto São tão tolos e hipócritas, tolos e hipócritas Não podem beber o que eu bebo e me chamam de alcoólatra
Eu sei sou compulsivo, exagerado e sem limites Reflexo da ambição de possuir tudo que eu existe Eu sou assim, sempre com a cara fechada Espanto a negatividade com a alma lavada
E pra manter a calma desce um whisky do mais brabo Cigarrinho do diabo, são vários comprimidos Tô formando um exército, soldados oprimidos Somos a salvação desse mundo perdido
Eu tô juntando os esquecidos pra partir pra ação Possuir o universo é minha única ostentação Sou filho da ambição, faço versos para os deuses, amém Mas quero as notas também
Eu canto, ninguém é santo Já escrevi chorando, não nego, esse som nasceu do ego Eu sou o martelo eles o prego mostro o caminho pros cegos Eu me testo e protesto, manifesto o meu ego
Magrelo, branquelo, terno, belo tipo violão celo Eu levo a sério o elo, pego e meto o ferro Enterro a dor aonde for Se for pra cantar eu vou cantar sem pudor