As coisas em silêncio não deveriam me dizer nada
Também, pra mim tanto faz
Se é céu ou estrada, se é seu ou roubara
Se for assim, favor não devolva
Não servirá pra mim e a ti fará tanta falta
O que me diz eu escuto
E são letras de velhos sambas
Sobre casas beirando encostas e amores
Que foram e não estão mais
Que são e não sabem nada
Que serão no fim daquela rua
Um pedaço de estrada
E a caminho da barca me perdi
Pra depois me encontrar
Desatado dos nós arriscando navegar-me
Ave maria
Marinheiro avante
E me verás saciar minha fome
A boca ainda melada, baba coisas do tempo
E meu sorriso faz contrassenso
Com qualquer coisa que pese
Ou espere demais ou de mim