Caminhando pela avenida eu vou, Com grande euforia e despreocupação. Mas, onde vocês estão? Posso sentir uma energia forte, Como a que eu senti quando o vento balançava meus cabelos, contando piadas repentinas e trocando experiências de vida. Vejo fotografias e presencio novamente aquele sentimento de alegria, onde andar como um refugiado, ficar resfriado, viver como um desempregado e dormir revoltado, com vocês, somente vocês, era pura diversão. Depois de ter me aventurado na nostalgia do álbum, e de ter visto a última foto, volto à realidade e sinto rajadas frias no meu coração. Rajadas compostas por memórias de um fevereiro inesquecível, onde eu me sentia livre, leve e solto, lembrando de tudo que passamos juntos, onde nada igualava-se à minha realidade, na qual me transformam num ser mimado, protegido e estressado. Por que me apego tanto assim às pessoas? Por que fevereiro passou tão rápido? Será que posso denominá-los meus amigos? Talvez amigos repentinos, porque tudo não passou de um momento. Onde tudo era perfeito e agora cada tem sua vida, separados por rotinas tediosas e cansativas. Mas, ouço de novo a música que nos representou e pela décima vez no dia, aventuro-me de novo nas fotografias. E vivo uma ilusão prazerosa. Não, não foi uma ilusão. Como eu disse, um momento. Ah, que momento...