Alibi
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Reino da Morte

Alibi


Refrão
Os versos do Reino da Morte ditam sua sorte
nossa vida já é escassa em Ceilândia Norte

Cansei de ver meus chegados serem baleados, esfaqueados
condecorados com o aço da sorte
vivendo entre a vida e a morte, tá ligado!
Calibre por calibre, lado movimentado, roubos, assassinatos
maconha, merla e coca
mais uma boca de fumo estourada nas tora
Enquanto isso outras 10 são abertas, é festa!
Cuidado para não levar um eco na testa
a morte é gente boa, véi, ela é quem te escolhe
sempre fode o lado da rapaziada, vê se pode
Mas tá limpo com um pouco de sacrifício
atravessar a vontade de viver não é tão difícil
limitada, véi, entre Itaguá e Cei
seu ponto forte poucos sabem e é bom assim
Entardecer, quase escuro, já eram três tubos
Um Dreher, uma cerva
assim é o dia inteiro, dominó, um vício, Jamaika, meu parceiro
Quina de ais, você sabe como é que faz
Décima sétima, se Deus quiser, véi, nunca mais

Refrão
Os versos do Reino da Morte ditam sua sorte
nossa vida já é escassa em Ceilândia Norte

Chegou a noite, um ritual mais do que sagrado
a velha e boa jaqueta, ferro na cintura
não importa se é preto, cromado ou descascado
Importa, se, sim, vai ser bem usado
Rotina diária do jovem da Norte ou da Sul
ninguém se limita em derrubar mais um
Rapaziada de preza, atitude de sobra
as outras áreas também têm suas cobras
consequência da merda que acontece na quebrada M
Malucos de outras áreas, a mobilete treme
Tentam tomar a todo custo nosso território
manhãs de segunda à sexta, sempre tem velório
Se isso é praxe ou lenda, não sei te dizer
Fechem suas portas e janelas ao anoitecer
Mais uma notícia é disparada sob nosso som
um mercado assaltado no pessum, bumm
A viatura tá na área, vai ver de qual é
Cinco camaradas, burro preto e afundam o pé
Menos tempos avistados, encurralados
bacu e mão na lata, eram quatro soldados
Se a história é triste, eu vou te falar
dois homens mortos e o dinheiro, onde foi parar?
Polícia livre responde em liberdade
estamos defendendo nossa comunidade?

Refrão
Os versos do Reino da Morte ditam sua sorte
nossa vida já é escassa em Ceilândia Norte

Controle o inferno, seja esperto, véi!
Sua atitude é o que funciona, sempre um bote certo
Estão sempre preparados pra comprar sua alma
e sempre dão um fim a quem muito fala
Se vacilar, já era, te derrubam e é um abraço
Só sei que minha parte eu faço
tá ligado?
O cheiro da vingança, pólvora queimada
Ato repetitivo, mortos na madrugada
Contando os corpos, balanço entre idades
pois a verdadeira história, véi, ninguém sabe
Aposte na vida ou na morte, você mata ou morre
A ideia revela o lado de quem menos fode
O silêncio da noite quebrado ao som de tiros
quarentão, um alívio, todo mundo vivo
Kabala, Álibi, Rei, Cirurgia Moral
No reino da morte, se vacilar, é mal

Refrão
Os versos do Reino da Morte ditam sua sorte
nossa vida já é escassa em Ceilândia Norte

Composição: Álibi

Letra enviada por Jefferson Angellis

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