Ouçam gaúchos, Do rincão de ponta a ponta Façam de conta Que o meu canto não é triste Venho falar De um homem simples e sem luxo Um bom gaúcho Que entre nós já não existe
Eu tenho asco Dessa tal morte maleva Que chega e leva Não pergunta, nem respeita Levou pra sempre Pro caminho sem regresso O rei do verso Trovador Gildo De Freitas
Para a família Deste ídolo do povo Eu que sou novo Venho dizer com respeito Que acompanho Com pesar o sentimento Que no momento Também mora no meu peito
Muitos perguntam Se ele era meu parente Sinceramente, Eu não sei se é na verdade Por ter o mesmo Sobrenome, não abuso Me orgulho e uso, Com respeito e humildade
Hoje seus fãs Que são milhares nesta terra Seja na serra, Na fronteira ou litoral Ouvem seu canto Galopeando junto ao vento Ou mar adentro Onde o rio vem lamber sal
E o próprio tempo, Que não para infelizmente Só vai pra frente Nem repisa o próprio rastro Há de mostrar Que és imortal para teu povo Nasces de novo Em cada flor que vem do pasto
Gildo De Freitas, Espelho dos trovadores Cantaste as flores, A saudade e o tormento Dramas tão tristes E alegrias sem maldade Quantas verdades Brotaram do teu talento
Se alguém quiser Ter o lugar de rei da trova Não se retova Nem se esquece desse nome E limpa a boca Toda vez que for falar Pra não sujar A imagem bugra desse homem
E limpa a boca Toda vez que for falar Pra não sujar A imagem bugra desse homem