[Verso 1]

Tudo que te agrada não faz sentido pra mim
Ideias distorcidas, separadas sem um fim
Enfim, diferente, alternativo
Admito que nunca fui crente,
mas Deus a gente sente e agradece por tá vivo
Então eu sigo, olho pra frente, no ato eu tô presente,
não preocupado com quem é ausente
É quente, também me ensinaram a bate de frente
Respeito reina forte, o bagulho é diferente, por favor se comporte
Não culpo a sorte (não), só culpo a causa
Cada gota de suor, ansiedade que me gera náusea
Passando aperto, aperto um do preto,
carne fraca eu sempre vejo, perto de mim,
ao meu redor eu não quero e nem desejo
Novo conceito, estufo o peito,
sobrevive quem é esperto e procura fazer direito,
colecionando os erros feitos,
buscando um plano perfeito, sem descanso,
pouco me deito, abrindo espaço no meio estreito, é o jeito
Mantendo a estrutura, a postura,
curioso insiste em meter a cara,
não encontra o que tanto procura,
perdido, moqueado no fundo da mala
Mantendo a alma pura, na loucura, minha voz nunca se cala,
o rap é a cura, com várias escolas, tô construindo a minha sala
Engole o choro e da a cara
Foi-se o tempo de inocência, a dor a curta e o corte sara
Não quero o seu, só quero o nosso, no limite do que não posso
Indo atrás não sento e coço, então qual foi pelo amor me fala


[Refrão]
Não sei pra onde ir, não sei pra onde vou
Não sei qual é o resumo, só sei o que eu sou
Só sei o que eu quero, não sei como eu chegar
Não sei se eu espero, ou me movo pra encontrar

Não sei pra onde ir, não sei pra onde vou
Não sei qual é o resumo, só sei o que eu sou
Só sei o que eu quero, não sei como eu chegar
Às vezes me altero, quem é você pra me julgar?


[Verso 2]
Esquisito, às vezes o passado eu fito
Não fico parado na minha
me encaixo no jogo ainda novo, longe de parar só ignoro o apito
Então, viro e me explico, em papel e tinta,
peço a sua atenção, peço a você que sinta
O verdadeiro tom, impondo o conceito
Não preocupado em nenhum momento ser aceito
Faço direito, se tomei a iniciativa
Desembaraçando o laço, mantendo a cabeça ativa
Na esquiva eu me desvio, ignorando qualquer critica
O que é doce eu aprecio, mantendo as cores nítidas
Só me levanto, eu te garanto que o peso nem é tanto
É sem espanto, não fico no pranto
no canto esperando algum santo
Então só vai, abre janela, olha lá fora e sai
tô te falando, acredita, teu medo só te distrai
Não sou seu pai, ainda assim te ofereço um conselho
O que vai também volta na verdade
costumo comparar a vida a um espelho
Não luto contra o vento, com pouco não me contento,
na falta quando eu posso eu acrescento,
na dúvida eu crio e não invento
Eu tô balão, flutuando com o céu cinzento,
mas ai não me abalo não, foi-se o tempo de lamento

[Refrão]
Não sei pra onde ir, não sei pra onde vou
Não sei qual é o resumo, só sei o que eu sou
Só sei o que eu quero, não sei como eu chegar
Não sei se eu espero, ou me movo pra encontrar

Não sei pra onde ir, não sei pra onde vou
Não sei qual é o resumo, só sei o que eu sou
Só sei o que eu quero, não sei como eu chegar
Às vezes me altero, quem é você pra me julgar?